Ex-reitor da Unicamp lidera Academia Mundial de Ciências
Marcelo Knobel, ex-reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), acaba de se tornar o primeiro brasileiro a ocupar a liderança executiva da Academia Mundial de Ciências, vinculada à Organização das Nações Unidas para Educação, Ci...
Marcelo Knobel, ex-reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), acaba de se tornar o primeiro brasileiro a ocupar a liderança executiva da Academia Mundial de Ciências, vinculada à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), como diretor.
O acadêmico ingressou na Unicamp, originalmente, em 1995, como professor de física, cargo que ocupa até hoje.
Com o tempo, tornou-se diretor executivo do Museu de Ciências da instituição, pró-reitor de graduação e, mais tarde, reitor, entre 2017 e 2021.
Conforme reporta a Folha de S. Paulo, sua gestão na universidade é lembrada pela ampliação e diversificação das formas de acesso à instituição, a partir da criação de um vestibular exclusivo para indígenas.
Além disso, em 2020, foi o primeiro reitor de universidade pública no Brasil a suspender as atividades presenciais diante da crise sanitária da Covid-19.
Foi ainda curador da Câmara Brasileira do Livre, membro do conselho da Agência Bori e do Instituto Questão de Ciência, e membro do comitê da International Data Center Authority.
Em outros momentos, passou pelo Instituto Canoa, Instituto Principia, Instituto Insper, Massachusetts Institute of Technology e Brazilian Center for Research in Energy and Materials.
Atualmente, o profissional está ativo como membro do conselho da Magna Charta Observatory, Center for International Higher Education e IEEE Magnetics Society, além de ser membro da rede de experts de Stanford.
Segundo contou à Folha, o objetivo de Knobel nesta nova etapa de sua carreira será avançar a agenda de fomento à ciência nos países em desenvolvimento e ampliar a colaboração da entidade com países da América Latina e regiões como África e Ásia.
"Há algumas áreas que considero fundamentais, e uma delas é a comunicação pública da ciência. É algo que podemos e devemos ampliar, porque já temos o principal, que são muitas histórias de histórias de sucesso [dos cientistas]", disse Knobel.
Fundada em 1985, a Academia Mundial de Ciências fica sediada em Trieste, no Nordeste da Itália e recebe financiamento de governos e instituições que viabilizam seus programas.
Hoje, se posiciona como um centro acadêmico internacional, com o maior programa de bolsas de pesquisa do mundo. Ao todo, são mais de 400 bolsas concedidas anualmente para doutorandos e pós-doutorandos.
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