Dívida da Venezuela com o Brasil já cresceu R$ 240 milhões após eleições
Ao todo, o calote já supera 1,7 bilhão de dólares, segundo o Ministério da Fazenda, mais de 10 bilhões de reais na cotação atual
Ex-companheiros, Lula e Nicolás Maduro não se falam desde antes da fraude nas eleições na Venezuela, realizadas no fim de julho do ano passado. Nesse período, a negociação da bilionária dívida do país vizinho com o Brasil também ficou empacada.
De agosto a dezembro, o rombo cresceu 39,7 milhões de dólares, quase 240 milhões de reais, na cotação atual.
Ao todo, o calote já supera 1,7 bilhão de dólares, segundo o Ministério da Fazenda. Convertidos hoje para a moeda brasileira, seriam mais de 10 bilhões de reais. O valor atualizado até o último dia do ano passado, incluindo juros de mora, era de 1.713.918.763,91 dólares.
De acordo com a Secretaria de Assuntos Internacionais da pasta, não há novidades no processo negocial. “Permanecemos no estágio de conciliação de contas, sem reuniões agendadas no momento”, informou o órgão.
Histórico da dívida
No fim de maio de 2023, quando Maduro foi recebido por Lula em Brasília com honras de chefe de Estado, a dívida era de 1,27 bilhões de dólares, referentes a operações de financiamento às exportações de bens e serviços por empresas brasileiras.
Em julho do mesmo ano, os governos dos dois países instalaram uma mesa técnica de negociações e tiveram duas reuniões virtuais até setembro, além de trocas de informações. Segundo o ministro Fernando Haddad, o objetivo era “reprogramar o pagamento”.
No final de maio de 2024, o débito já beirava 1,6 bilhão de dólares. E ficou 75 milhões de dólares maior em 31 de julho.
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