Tecnologia: cuidado com o “efeito borboleta”

Estamos vivendo um ponto de inflexão no desenvolvimento tecnológico. A Inteligência Artificial, e mais especificamente a Inteligência Artificial Generativa, evoluiu rapidamente nos últimos anos, passando de um conceito teórico para soluções práticas que exigem novas competências de líderes e colaboradores. Esse é o pano de fundo da edição 2025 da NRF Big Show, o principal evento de varejo do mundo. Em um congresso historicamente focado em apresentar as mais disruptivas tecnologias no segmento, as conversas... O post Tecnologia: cuidado com o “efeito borboleta” apareceu primeiro em Meio e Mensagem - Marketing, Mídia e Comunicação.

Jan 15, 2025 - 22:19
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Tecnologia: cuidado com o “efeito borboleta”

Estamos vivendo um ponto de inflexão no desenvolvimento tecnológico. A Inteligência Artificial, e mais especificamente a Inteligência Artificial Generativa, evoluiu rapidamente nos últimos anos, passando de um conceito teórico para soluções práticas que exigem novas competências de líderes e colaboradores.

Esse é o pano de fundo da edição 2025 da NRF Big Show, o principal evento de varejo do mundo. Em um congresso historicamente focado em apresentar as mais disruptivas tecnologias no segmento, as conversas têm exposto um desafio recorrente: enquanto buscamos acompanhar essas inovações, muitas vezes negligenciamos os fundamentos do negócio. Embora ferramentas como IA prometam ganhos expressivos, elas só podem gerar resultados consistentes quando alicerçadas em escolhas estruturais sólidas.

Coloco “simples” entre aspas porque a simplicidade depende de outros fatores que precisam estar bem executados. Por exemplo, a escolha do terminal de pagamentos de um negócio não é determinada apenas pelas necessidades do ponto de venda; se a conectividade WiFi da loja física não for robusta, isso pode desencadear um efeito cascata que impacta toda a operação.

Por outro lado, esses desafios também abrem oportunidades. Soluções como o tap on phone, que transforma dispositivos móveis em terminais de pagamento, ilustram o potencial da tecnologia para melhorar operações. Ao equipar colaboradores com ferramentas móveis, os pagamentos podem ser processados em qualquer lugar da loja, reduzindo filas e otimizando a experiência do cliente.

Essa ideia de como pequenas decisões podem gerar grandes impactos remete ao conceito do “efeito borboleta” – uma metáfora que explica como mudanças iniciais aparentemente simples, como a escolha de uma infraestrutura ou tecnologia, podem desencadear consequências significativas. Resolver esses aspectos estruturais permite evitar problemas e acelerar a digitalização, criando um ambiente mais dinâmico e preparado para o futuro.

O que a NRF Big Show 2025 tem demonstrado, de forma cristalina, é um dilema que também acomete empresários brasileiros todos os dias: como avançar tecnologicamente enquanto se equilibram os custos e as limitações dos sistemas legados?

A resposta está em duas palavras: ubiquidade e simplicidade. Tecnologias devem estar presentes em todas as áreas do negócio, conectando frentes operacionais e estratégicas de maneira fluida. Mais do que buscar soluções chamativas, é essencial focar no que simplifica processos, melhora a experiência do cliente e gera resultados concretos.

Tecnologias devem estar presentes em todas as áreas do negócio, conectando frentes operacionais e estratégicas de maneira fluida. Mais do que buscar soluções chamativas, é essencial focar no que simplifica processos, melhora a experiência do cliente e gera resultados concretos.

E o que amalgama ubiquidade e simplicidade ao negócio é a cultura. Cultura de ter uma ambição transformadora, aquela em que o objetivo, propósito e meta não podem ser alcançados com o que sabemos hoje, mas só com a adição do que aprenderemos. Perguntas cuja presença se torna fundamental para ter essa cultura: o que há de melhor no mundo no meu setor? E o que há de melhor no mundo em outros setores? Por que, por que e por que os processos existem? O que realmente agrego valor e diferença para meu cliente? É essa cultura que, presente em toda organização, é o grande “game changer” – e o grande desafio.

É uma jornada que exige esforço coletivo. CEOs e líderes precisam estar preparados para “falar tecnologiquês” sem deixar de lado o básico e estruturante. Como destacou John Furner, CEO do Walmart US, a jornada tecnológica é longa e desafiadora, mas não pode ser ignorada. Avançar nessa trajetória requer parcerias estratégicas com fornecedores que entendam tanto o vocabulário técnico quanto as necessidades práticas, ajudando a implementar soluções que conectem áreas e impulsionem resultados.

Compreender aspectos financeiros e operacionais é o básico para desenvolver uma boa estratégia empresarial. Hoje, no entanto, o repertório de liderança deve incluir tecnologias como IA Generativa, computação quântica e plataformas de dados de clientes (Customer Data Platforms). Essas ferramentas fazem parte do “novo mundo dos negócios” e precisam ser integradas de forma ubíqua, servindo como base para uma transformação digital ampla.

Então, a reflexão que fica é: o quanto a sua empresa está pronta para abraçar essas inovações e permitir que elas estejam presentes em todos os aspectos, transformando desafios em oportunidades?

Mais importante ainda: você está preparado para equilibrar o presente e o futuro, garantindo que a tecnologia seja um diferencial, e não um empecilho, no crescimento do seu negócio?

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