Caso de bolo envenenado com arsênio completa um mês
Polícia investiga se suspeita teria colocado veneno em outros alimentos consumidos pela família
O caso trágico de envenenamento que marcou o Natal no município de Torres, no Rio Grande do Sul, completa um mês nesta quinta-feira (23/1). Deise Moura dos Anjos é apontada como principal suspeita de ter colocado arsênio na farinha usada para preparar um bolo de frutas cristalizadas, consumido em uma reunião familiar.
A tragédia resultou na morte de três pessoas: a sogra de Deise, Zeli dos Anjos, além de Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva, irmãs de Zeli. A polícia apura se Deise teria envenenado outros alimentos ingeridos por familiares.
As investigações revelaram que Deise já era suspeita da morte de seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro do ano passado. Exames realizados após a exumação do corpo comprovaram a presença de arsênio, que teria sido ingerido por meio de bananas e leite em pó levados por Deise.
Além disso, a polícia investiga se ela também envenenou o marido, Diego dos Anjos, e o filho do casal, dias antes do incidente com o bolo, ao adicionar arsênio em um suco de manga.
A Polícia Civil descreve Deise como uma pessoa “manipuladora” e de “postura fria e dissimulada”, com "fortes indícios" de envolvimento em homicídios e tentativas de homicídios em série. Segundo as autoridades, Deise comprou arsênio ao menos quatro vezes em um período de quatro meses, sendo uma dessas aquisições anterior à morte de Paulo e as demais antes do episódio no Natal. O produto foi adquirido pela internet e entregue pelos Correios.
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A defesa de Deise, que está presa desde 5 de janeiro, afirma que aguarda acesso completo às provas para se manifestar.
*Estagiária sob supervisão de Rafaela Gonçalves
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