Por Que Um MBA em Harvard Já Não é Garantia de Emprego?
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo. Em 2022, apenas 10% dos graduados ainda estavam em busca de trabalho 90 dias após a formatura; agora, esse número saltou para 23% O post Por Que Um MBA em Harvard Já Não é Garantia de Emprego? apareceu primeiro em Forbes Brasil.
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Durante décadas, concluir um MBA em uma universidade da Ivy League – composta pelas instituições de maior prestígio dos Estados Unidos –, era considerado um passaporte duradouro para qualquer emprego.
A Universidade de Harvard é a 4ª melhor do mundo, segundo o ranking da Times Higher Education, e seu MBA também está entre os mais renomados. No entanto, em 2024, nem mesmo um diploma de MBA em Harvard é garantia na carreira, já que a taxa de desemprego entre recém-formados mais que dobrou nos Estados Unidos.
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Um número crescente de graduados da Harvard Business School está enfrentando dificuldades para conseguir trabalho. Em 2022, apenas 10% dos graduados do MBA ainda estavam procurando emprego 90 dias após a formatura. Agora, esse número saltou para 23%. O que isso revela sobre o mercado de trabalho americano quando quase um quarto dos formandos de um dos melhores programas de MBA do mundo – o maior número em mais de 10 anos – não consegue trabalho?
“Definitivamente, o mercado está ruim”, disse um aluno do MBA da Harvard Business School em entrevista ao blog Poets and Quants, focado em educação superior. “Mas a maioria dos meus colegas que ajustaram suas expectativas conseguiu posições excelentes.”
O estudante de Harvard explica que muitos profissionais recém-graduados no MBA acabam rejeitando vagas que poderiam ser vistas como ‘um passo atrás’ em relação aos seus empregos anteriores, apesar de serem posições bem remuneradas. “Muitos vêm de famílias com maior estabilidade financeira, o que permite enfrentar alguns meses de desemprego.”
Além de Harvard
Os índices de empregabilidade de Harvard ficam atrás de outras instituições de ponta, como Stanford, Columbia, Kellogg (Northwestern) e Booth (Universidade de Chicago).
Essa tendência vai além de Boston e dos corredores de Harvard. Programas de MBA de outras universidades também estão enfrentando dificuldades crescentes para navegar no mercado de trabalho moderno. As implicações são profundas, afetando tanto candidatos a emprego quanto líderes empresariais.
Aqui, analisamos por que o mercado está se estreitando e como os jovens da Geração Z, empregadores e aspirantes a líderes podem se adaptar nesse cenário em transformação.
Um olhar mais atento sobre o mercado de trabalho nos EUA
O JP Morgan afirma que o mercado de trabalho americano teve um bom desempenho em dezembro, adicionando 256 mil vagas. No papel, o mercado parece robusto, com o relatório de dezembro confirmando a força da economia. Então, por que os estudantes de MBA estão tão preocupados?
A taxa de desemprego nos EUA está próxima de mínimas históricas, e os empregadores continuam relatando falta de talentos em vários setores. No entanto, a situação é mais complexa. O congelamento de contratações em áreas como tecnologia e finanças criou efeitos em cascata que afetam desproporcionalmente os graduados de MBAs de alto nível, como o de Harvard.
Como a evolução do trabalho impacta os profissionais com MBA
Parte do problema está na rápida evolução da força de trabalho. A pandemia acelerou tendências como automação, trabalho remoto e a gig economy, que contempla formas flexíveis de trabalho, como freelancers. Empresas estão repensando suas estruturas organizacionais, focando em equipes mais enxutas e priorizando habilidades técnicas específicas em detrimento de conhecimentos generalistas de negócios. Programas tradicionais de MBA, embora ainda valiosos, nem sempre se alinham perfeitamente a essas novas prioridades.
Além disso, o surgimento de alternativas educacionais, como bootcamps de programação e certificações especializadas, nivelou o campo de concorrência. Empregadores estão reconhecendo cada vez mais o valor de credenciais não tradicionais, desafiando a autoridade do MBA.
Avanços em inteligência artificial e automação devem causar um número expressivo de demissões em Wall Street, tradicional destino para profissionais com MBAs de destaque em finanças. Um estudo recente mostrou que os maiores bancos do mundo podem cortar 200 mil empregos.
O mercado de trabalho oculto
Outro fator complicador é o crescimento do mercado de trabalho oculto, marcado por vagas que nunca são formalmente anunciadas. Pesquisas sugerem que até 80% das vagas são preenchidas por meio de networking e indicações, e não por processos de candidatura tradicionais. Para profissionais que costumam contar com programas de recrutamento no campus, essa mudança pode ser um choque. Outro desafio oculto? Contratações internas e promoções.
Funções avançadas de gestão, incluindo cargos executivos, foram eliminadas em números recordes nos últimos 18 meses, reduzindo substancialmente o mercado para graduados em MBAs. Existe uma grande diferença entre aumentar empregos na economia como um todo e criar demanda por habilidades específicas desses profissionais. À medida que as empresas achatam hierarquias, “empregos de colarinho branco” estão desaparecendo.
O que aspirantes a líderes podem fazer – sem precisar de um MBA
Nesse ambiente desafiador, a adaptabilidade é essencial. Educação importa, mas, com muitos empregadores focando em contratações baseadas em habilidades, ter um diploma já não é mais tão importante quanto antes.
Veja o que os jovens, líderes e profissionais que buscam crescer na carreira podem fazer para se destacar no mercado:
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Foque em soft skills
Empregadores valorizam cada vez mais a adaptabilidade, inteligência emocional e habilidades de resolução de problemas. Essas competências muitas vezes superam a expertise técnica, especialmente em papéis que exigem liderança ou visão estratégica.
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Adote o aprendizado contínuo sobre IA
Um MBA em Harvard custa mais de US$ 115 mil por ano. Plataformas como Coursera e LinkedIn Learning não se comparam, mas oferecem opções gratuitas ou de baixo custo para aprimorar suas habilidades em IA. A relação custo-benefício deve ser considerada.
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Valorize as conexões sociais, não as redes sociais
Use redes profissionais, online e offline. Eventos do setor, grupos no LinkedIn e conexões com ex-alunos podem abrir portas no mercado de trabalho oculto.
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Redefina o sucesso, como faria um graduado de Harvard
Alguns estudantes de Harvard não buscam empregos; eles criam. Muitos estão lançando negócios, buscando investimentos e transformando sonhos em realidade.
*Chris Westfall é colaborador da Forbes USA. Ele é autor de livros, escreve sobre a importância da comunicação para a liderança e também é consultor de empresas e empreendedores, ajudando a criar culturas com melhor engajamento e colaboração.
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