Pesquisadores descobrem como transmitir energia por pele humana
O objetivo dos pesquisadores norte-americanos é acabar com as baterias em dispositivos de monitoramento de saúde The post Pesquisadores descobrem como transmitir energia por pele humana appeared first on Giz Brasil.
Pesquisadores da Faculdade de Ciência da Computação da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, desenvolveram uma tecnologia que consegue transmitir energia elétrica via pele humana.
Chamada “Power-Over-Skin”, que se traduz como “Energia Sobre a Pele”, a tecnologia faz parte do ainda conceitual campo da eletrônica epidérmica, que são dispositivos vestíveis que ficam na camada externa da pele.
A tecnologia para transmitir energia elétrica por meio da pele, ou seja, com a eletricidade trafegando pelo corpo humano, pode eliminar a necessidade de baterias. Além disso, a inovação pode viabilizar dispositivos de monitoramento de saúde mais adequados.
O “Power-Over-Skin” é um transmissor de bateria única. Ao ficar sobre a pele, a tecnologia consegue transmitir energia elétrica para receptores embutidos em anéis ou brincos.
Os pesquisadores responsáveis pela inovação desenvolveram a tecnologia se inspirando em projetos anteriores de eletrônica epidérmica, que demonstraram a capacidade do corpo humano em transmitir uma frequência de rádio de 40 MHz.
Por meio de um anel com receptores, os cientistas conseguiram transmitir energia da pele humana para ativar pequenos objetos, como luzes de LED e um joystick.
No entanto, a quantidade de energia que um dispositivo recebe depende da sua distância do transmissor. Portanto, quanto mais próximo, mais eletricidade. De acordo com os pesquisadores, o processo é similar à forma como o rádio usa o ar para transmissão.
“No caso do Power-Over-Skin, usamos a pele humana como meio para transmitir energia elétrica”, afirmou Andy Kong, a mente por trás da tecnologia.
Veja o dispositivo em ação:
No entanto, Kong não criou o dispositivo sozinho, contando com a ajuda do professor Chris Harrison, que descobriu que transmitir ondas quadradas, em vez de senoides, maximiza a transmissão de energia.
A sorte também ajudou, pois a descoberta foi acidental, mas, além de ampliar a transmissão, facilitou a geração de energia.
Apesar de estar nos estágios iniciais, os pesquisadores acreditam que a tecnologia pode eliminar o uso de baterias. Além disso, eles enxergam um futuro quase simbiótico entre humanos e máquinas, com a pele humana conseguindo transmitir energia para alimentar equipamentos vestíveis.
A próxima fase do projeto visa ampliar a potência do dispositivo em 10 vezes, possibilitando o carregamento de dispositivos como earbuds. Aliás, Kong acredita que esse pode ser o primeiro caso de uso real, levando a tecnologia para além de monitores de saúde.
Contudo, os pesquisadores alertam que o fim das baterias está longe, pois ainda há muito para aprender sobre como transmitir outras frequências pelo corpo humano.
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