Moraes pede que PGR se manifeste sobre convite feito por Trump a Bolsonaro
Defesa do ex-presidente informou ao ministro que o e-mail citado no convite faz mesmo parte da organização oficial do evento de posse
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta terça-feira, que se manifeste acerca da possível ida do ex-presidente Jair Bolsonaro ao evento de posse do recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O passaporte de Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024 no âmbito de uma operação que apura uma possível tentativa de golpe de Estado para que Bolsonaro permanecesse no poder, apesar da vitória do presidente Lula nas eleições de 2022.
Com a posse do republicano agendada para o próximo dia 20, em Washington, Bolsonaro pediu ao STF pela liberação de seu passaporte, e informou que a viagem teria duração de cinco dias, entre 17 e 22 de janeiro.
O ministro, contudo, pediu à defesa do ex-presidente que comprovasse o convite feito pelo americano. Isto porque, segundo Moraes, o pedido de Bolsonaro não chegou à Corte munido dos “documentos necessários”.
“O pedido não veio devidamente instruído com os documentos necessários, uma vez que, a mensagem foi enviada para o e-mail do deputado Eduardo Bolsonaro por um endereço não identificado: ‘info@t47inaugural.com info@t47inaugural.com’ e sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado”, disse o ministro.
Em resposta a Moraes, a defesa de Bolsonaro informou, nesta segunda-feira, maiores detalhes da programação do evento e elementos que confirmam, segundo os advogados do ex-presidente, que o e-mail citado no convite faz mesmo parte da organização oficial da posse de Trump nos Estados Unidos.
Agora, o ministro aguarda um parecer da PGR que endossará, ou não, a ida de Bolsonaro à cerimônia.
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