Raio-x dos UX Writers Brasileiros 2024
Em sua 5ª edição, a pesquisa busca responder “quanto ganha um ux writer” e outras perguntas recorrentes na comunidade.Neste artigo, você vai descobrir:Quem são os UX Writers Brasileiros: um perfil dos profissionais, com informações sobre gênero, orientação sexual, cor e etnia, faixa etária e deficiências.O que estudaram e em que trabalharam: nível acadêmico, principais cursos de graduação, cursos livres, idiomas e experiências anteriores.Como estão: nichos de atuação, tempo de experiência em UX Writing, cargos, estrutura de equipe e liderança.Onde vivem e onde trabalham: comparação sobre local de residência e trabalho e modelo em que trabalham.Movimentações e demissões: dados sobre saídas e profissionais de seus cargos.Quanto ganham: médias salariais com recortes de gênero, cor e modalidade de contratação.O que esperam do futuro: dados sobre perspectiva de carreira, uso de inteligência artificial e perspectivas de futuro da área.O questionário da pesquisa foi aplicado de 28/06 a 26/08/2024 e pedia às pessoas participantes que considerassem seu atual emprego ou o mais recente nos últimos 12 meses.Participaram da pesquisa 347 profissionais. Um declínio de 119 pessoas em comparação à edição passada. Talvez um reflexo da saída de muitos profissionais da área.1. Quem são os UX Writers BrasileirosDas 347 pessoas que responderam à pesquisa:78,96% são mulheres cisgênero, número parecido com a edição passada.19,89% são homens cisgênero, número menor que a edição passada.Mulheres transgênero e pessoas não binárias somam 1,15%.Já com relação à cor/etnia:72,62% são pessoas brancas15,56% são pardas10,09% são pretas, número maior que na edição passada1,44% são amarelas0,29% semitasNão tivemos respondentes indígenas.Quanto à orientação sexual:Pessoas heterossexuais compõem 63,58% dos pesquisadosBis e pansexuais somam 23,12%Homossexuais, 11,85%Assexuais, 1,44%Sobre a faixa etária, vemos uma média de 33,6 anos e a seguinte distribuição entre respondentes:Até 24 anos: 3,49%25 a 29: 28,78%30 a 34: 32,85%35 a 39: 20,64%40 a 44: 8,73%45 a 49: 4,07%50 ou mais: 1,45%De 347 pessoas, 41 declararam alguma deficiência ou neurodivergência (11,82%), um aumento significativo com relação ao ano passado (6,22%) — mas que talvez se deva a ajuste na pergunta que pode ter interferido no resultado.2. O que estudaram e em que trabalharamComeçando pelo nível de escolaridade, notamos um avanço em relação ao nível de escolaridade:40,92% estão cursando ou já completaram o Ensino Superior.51,01% estão cursando ou já completaram alguma Pós-graduação, 10% a mais que 2023.8,07% estão cursando ou já completaram um curso de Mestrado ou Doutorado.Assim como na última edição, os cursos de nível superior que se destacam entre os respondentes ainda são:Jornalismo, feito por 33,14% delesLetras, Linguística e Tradução 21,61%Publicidade, Propaganda e/ou Marketing, feito por 17,58%Outros cursos como Design Gráfico, Comunicação Social e Biblioteconomia apareceram, além de outros menos prováveis como Administração, Direito, Gastronomia, Química, Turismo e Enfermagem.Sobre formação livre, tivemos um aumento na média de cursos por pessoa, que foi de 7 para 8,5pp.Se destacando ainda o de UX Writing, feito por 88,76% dos respondentes. Depois temos Acessibilidade, Arquitetura da Informação, Design Thinking e UX Design.A novidade, desde a última edição, foi a aparição de cursos voltados para Inteligência Artificial.Sobre idiomas, 62,54% das pessoas respondentes disseram ter inglês avançado ou fluente, contra 58,80% na edição anterior.Já no espanhol, 19,60% é avançado ou fluente, contra 19,31% da última edição. Temos, portanto, uma área cada vez mais investindo no aprendizado de idiomas.Sobre as áreas de atuação antes de migrar para UX Writing, foram mais citadas: content marketing, redação publicitária, SEO, redação para revista e jornal e comunicação interna.A média de experiência nas áreas anteriores é de 7,8 anos.3. Como estãoPara começarmos a entender como estão os profissionais hoje, perguntamos quais são seus principais nichos de atuação dentro do UX writing.75,5% trabalham com produtos/UI37,75% com chatbot23,63% com content ops, contra 7,72% na edição passada12,68% com localização10,66% com tech writing6,92% com VUITambém descobrimos que 45,24% produzem, sempre ou às vezes, conteúdo para outras áreas além de UX. Uma queda ano após ano.Sobre a distribuição dos profissionais por níveis de cargo, temos:Nível estágio soma 0,58% dos respondentesNível júnior, 20,17% dos respondentesNível pleno, 39,77%Nível sênior, 35,45%Nível gestão, 4,03%O nível júnior abrange os cargos assistente e analista júnior. O nível sênior abrange os cargos analista sênior, consultor e especialista. O nível gestão abrange os cargos coordenadores, líderes, gerentes e diretores.Pessoas não-binárias não somaram quantidade suficiente para termos números conclusivos.E como os níveis de carreira se cruzam com gênero? Os homens se distribuem nos níveis da seguinte maneira:15,94% estão no nível
Em sua 5ª edição, a pesquisa busca responder “quanto ganha um ux writer” e outras perguntas recorrentes na comunidade.
Neste artigo, você vai descobrir:
- Quem são os UX Writers Brasileiros: um perfil dos profissionais, com informações sobre gênero, orientação sexual, cor e etnia, faixa etária e deficiências.
- O que estudaram e em que trabalharam: nível acadêmico, principais cursos de graduação, cursos livres, idiomas e experiências anteriores.
- Como estão: nichos de atuação, tempo de experiência em UX Writing, cargos, estrutura de equipe e liderança.
- Onde vivem e onde trabalham: comparação sobre local de residência e trabalho e modelo em que trabalham.
- Movimentações e demissões: dados sobre saídas e profissionais de seus cargos.
- Quanto ganham: médias salariais com recortes de gênero, cor e modalidade de contratação.
- O que esperam do futuro: dados sobre perspectiva de carreira, uso de inteligência artificial e perspectivas de futuro da área.
O questionário da pesquisa foi aplicado de 28/06 a 26/08/2024 e pedia às pessoas participantes que considerassem seu atual emprego ou o mais recente nos últimos 12 meses.
Participaram da pesquisa 347 profissionais. Um declínio de 119 pessoas em comparação à edição passada. Talvez um reflexo da saída de muitos profissionais da área.
1. Quem são os UX Writers Brasileiros
Das 347 pessoas que responderam à pesquisa:
- 78,96% são mulheres cisgênero, número parecido com a edição passada.
- 19,89% são homens cisgênero, número menor que a edição passada.
- Mulheres transgênero e pessoas não binárias somam 1,15%.
Já com relação à cor/etnia:
- 72,62% são pessoas brancas
- 15,56% são pardas
- 10,09% são pretas, número maior que na edição passada
- 1,44% são amarelas
- 0,29% semitas
Não tivemos respondentes indígenas.
Quanto à orientação sexual:
- Pessoas heterossexuais compõem 63,58% dos pesquisados
- Bis e pansexuais somam 23,12%
- Homossexuais, 11,85%
- Assexuais, 1,44%
Sobre a faixa etária, vemos uma média de 33,6 anos e a seguinte distribuição entre respondentes:
- Até 24 anos: 3,49%
- 25 a 29: 28,78%
- 30 a 34: 32,85%
- 35 a 39: 20,64%
- 40 a 44: 8,73%
- 45 a 49: 4,07%
- 50 ou mais: 1,45%
De 347 pessoas, 41 declararam alguma deficiência ou neurodivergência (11,82%), um aumento significativo com relação ao ano passado (6,22%) — mas que talvez se deva a ajuste na pergunta que pode ter interferido no resultado.
2. O que estudaram e em que trabalharam
Começando pelo nível de escolaridade, notamos um avanço em relação ao nível de escolaridade:
- 40,92% estão cursando ou já completaram o Ensino Superior.
- 51,01% estão cursando ou já completaram alguma Pós-graduação, 10% a mais que 2023.
- 8,07% estão cursando ou já completaram um curso de Mestrado ou Doutorado.
Assim como na última edição, os cursos de nível superior que se destacam entre os respondentes ainda são:
- Jornalismo, feito por 33,14% deles
- Letras, Linguística e Tradução 21,61%
- Publicidade, Propaganda e/ou Marketing, feito por 17,58%
Outros cursos como Design Gráfico, Comunicação Social e Biblioteconomia apareceram, além de outros menos prováveis como Administração, Direito, Gastronomia, Química, Turismo e Enfermagem.
Sobre formação livre, tivemos um aumento na média de cursos por pessoa, que foi de 7 para 8,5pp.
Se destacando ainda o de UX Writing, feito por 88,76% dos respondentes. Depois temos Acessibilidade, Arquitetura da Informação, Design Thinking e UX Design.
A novidade, desde a última edição, foi a aparição de cursos voltados para Inteligência Artificial.
Sobre idiomas, 62,54% das pessoas respondentes disseram ter inglês avançado ou fluente, contra 58,80% na edição anterior.
Já no espanhol, 19,60% é avançado ou fluente, contra 19,31% da última edição. Temos, portanto, uma área cada vez mais investindo no aprendizado de idiomas.
Sobre as áreas de atuação antes de migrar para UX Writing, foram mais citadas: content marketing, redação publicitária, SEO, redação para revista e jornal e comunicação interna.
A média de experiência nas áreas anteriores é de 7,8 anos.
3. Como estão
Para começarmos a entender como estão os profissionais hoje, perguntamos quais são seus principais nichos de atuação dentro do UX writing.
- 75,5% trabalham com produtos/UI
- 37,75% com chatbot
- 23,63% com content ops, contra 7,72% na edição passada
- 12,68% com localização
- 10,66% com tech writing
- 6,92% com VUI
Também descobrimos que 45,24% produzem, sempre ou às vezes, conteúdo para outras áreas além de UX. Uma queda ano após ano.
Sobre a distribuição dos profissionais por níveis de cargo, temos:
- Nível estágio soma 0,58% dos respondentes
- Nível júnior, 20,17% dos respondentes
- Nível pleno, 39,77%
- Nível sênior, 35,45%
- Nível gestão, 4,03%
O nível júnior abrange os cargos assistente e analista júnior. O nível sênior abrange os cargos analista sênior, consultor e especialista. O nível gestão abrange os cargos coordenadores, líderes, gerentes e diretores.
E como os níveis de carreira se cruzam com gênero? Os homens se distribuem nos níveis da seguinte maneira:
- 15,94% estão no nível júnior
- 37,68% estão no nível pleno
- 43,48% estão no nível sênior
- 2,9% no nível de gestão
Já as mulheres (cis e trans):
- 0,73% são estagiárias
- 21,17% estão no nível júnior
- 40,51% estão no nível pleno
- 33,21% estão no nível sênior
- 4,38% estão no nível de gestão
Apenas 3 pessoas não binárias participaram da pesquisa e elas se distribuem entre os níveis júnior, pleno e sênior.
Sobre o formato da equipe de UX writing na empresa, temos:
- 48,41% fazendo parte de diferentes equipes de UX writers, com diferentes lideranças.
- 34,01% fazendo parte de uma equipe de UX writers sob a mesma liderança.
- 17,58% sendo os únicos UX writers nas empresas, número em queda ano após ano.
Sobre liderança, reduziu o número de pessoas respondendo para outras áreas e subiu o número que responde para especialistas.
- 68,88% tem gestão generalista em design, produtos ou tecnologia.
- 21,61% têm gestão especialista em UX writing.
- 9,51% responde ou respondia para outra área, como comunicação, atendimento, etc.
Uma pergunta inédita nesta edição foi a quantidade de UX writers dentro das empresas:
- 39,38% têm de 1 a 3 writers.
- 18,44% têm de 4 a 6 writers.
- 7,78% têm de 7 a 10 writers.
- 4,03% têm de 11 a 19 writers.
- 7,20% têm de 20 a 49 writers.
- 12,39% têm de 50 a 99 writers.
- 10,66% têm mais de 100 writers.
Sobre o tempo de carreira em UX writing, temos uma média de 3,7 anos e a seguinte distribuição:
- 26,22% dos respondentes têm até 2 anos de experiência em UX writing, quase metade da edição passada.
- 58,50% têm entre 3 a 5 anos de experiência.
- 15,27% têm 6 anos ou mais.
Já o tempo de experiência por nível de carreira:
- Estagiário: 1 ano
- Júnior: 1,7 ano
- Pleno: 3,55 anos
- Sênior: 5 anos
- Gestão: 4,9 anos
4. Onde vivem e onde trabalham
O Sudeste continua sendo a região líder na contratação (76,66% dos respondentes) e residência dos UX writers (72,62% dos respondentes), sendo:
- São Paulo: com 55,04% residentes e 71,76% das empresas empregadoras.
- Rio de Janeiro: com 8,65% residentes e 4,61% das empresas empregadoras.
- Minas Gerais: com 7,78% residentes e 6,05% das empresas empregadoras.
A novidade foi o Rio Grande do Sul, que superou o Rio de Janeiro em número de contratações, com 5,48% das empresas contratantes.
Brasileiros trabalhando para empresas do exterior somam 2,59%.
Sobre o modelo de trabalho, temos 69,74% trabalhando totalmente remoto (40% dessa galera é de São Paulo), 27,38% híbrido (77,89% deles em São Paulo também) e 2,88% totalmente presencial.
Apenas 1,44% informou que precisou mudar de cidade/estado para atender ao modelo híbrido.
5. Movimentações e demissões
Nesta edição, perguntamos aos UX writers sobre suas movimentações entre empresas e descobrimos que a entrada de novos profissionais foi de apenas 10,69%, contra 12,45% na edição anterior. Além disso:
- 5,78% entrou na área e permaneceu no emprego.
- 1,73% entrou na área e sofreu demissão.
- 3,18% entrou na área e saiu voluntariamente do emprego.
- 57,8% já atuavam na área e permaneceram no emprego.
- 19,08% já atuavam na área e sofreram demissão.
- 12,43% já atuavam na área e saíram voluntariamente do emprego.
Já sobre demissão, 20,81% dos respondentes sofreram ao menos uma e o tempo médio para realocação foi de 4 meses, com a seguinte distribuição:
- 6,94% levou menos de 1 mês.
- 30,56% levaram de 1 a 3 meses para se recolocar.
- 30,56% levaram de 4 a 6 meses para se recolocar.
- 6,94% levou de 7 a 11 meses.
- 23,61% ainda estavam buscando recolocação quando respondeu à pesquisa.
Dos que se realocaram e responderam à pergunta sobre salário:
- 42,31% aceitou uma vaga com salário mais baixo que o emprego anterior.
- 32,69% aceitou uma vaga com valor parecido com o salário anterior.
- 25% aceitou uma vaga com valor superior.
Ainda sobre os profissionais que sofreram demissão, vamos aos recortes…
Por gênero:
- 76,39% eram mulheres cis
- 22,22% eram homens cis
- 1,39% eram pessoas não binárias
Por cor/etnia:
- 70,83% brancas
- 16,67% pardas
- 9,72% pretas
- 1,39% semitas
- 1,39% amarelas
Por nível de carreira:
- 40,28% eram nível pleno
- 36,11% eram nível sênior
- 19,44% eram nível júnior
- 4,79% eram de nível gestão
Também perguntamos aos profissionais que sofreram demissão, o que eles fizeram durante o período em que estiveram fora do mercado:
- 93,15% candidataram-se a vagas em UX writing.
- 47,95% se candidataram a vagas em comunicação, jornalismo, marketing ou outras áreas que não UX e produtos.
- 30,14% se candidataram a vagas como UX researcher, UX designer, PO, PM ou afins.
- 26,03% realizou projetos como freelancer em comunicação, jornalismo, marketing ou outras áreas que não UX writing.
- 23,29% realizou projetos como freelancer em UX writing.
6. Quanto ganham
Como nas edições anteriores, perguntamos aos respondentes qual era seu salário no último emprego, considerando o valor bruto e nominal. Com isso, chegamos à média de R$ 8.489,00, um aumento maior que a inflação do período.
Ao observarmos as médias salariais por níveis de carreira, temos:
- Júnior: R$ 5.300,00, valor acima do ano anterior
- Pleno: R$ 7.694,00
- Sênior: R$ 10.788,00
- Gestão: R$ 12.771,00, valor bem abaixo do ano anterior
Novamente buscamos entender como os profissionais se distribuem pelas faixas salariais e níveis de carreira. No gráfico a seguir, o tamanho da bolha representa a quantidade de respondentes. Portanto, quanto maior a bolha, maior a quantidade de profissionais que se enquadram no eixo indicado.
As faixas salariais mais comuns entre os respondentes estão entre R$ 5 mil e R$ 9 mil, onde se concentram 46,97% dos respondentes. Já o nível mais comum é o pleno, ocupado por 39,77% dos respondentes, seguido pelo nível sênior, ocupado por 35,45%.
Os estados sobre os quais temos amostra suficiente para dados conclusivos são:
- São Paulo, com média de R$ 9.287,00
- Rio de Janeiro, com média de R$ 7.324,00
- Distrito Federal, com R$ 6.559,00
- Rio Grande do Sul, com R$ 6.558,00
- Minas Gerais, com R$ 6.235,00
Brasileiros que trabalham para empresas fora do Brasil somam 2,59% e têm média salarial de R$ 8.825,00.
Já as médias por gênero são R$ 8.757,00 entre os homens e R$ 8.412,00 entre as mulheres, uma diferença menor que nas edições anteriores.
Até aqui, nenhum dado sofreu recorte por modalidade de contratação
(CLT ou PJ).
Falando de cor e etnia, temos:
- Pessoas brancas ganhando em média: R$ 8.753,00
- Pessoas pretas, R$ 8.050,00
- Pardas, R$ 7.777,00
Tal qual em todas as edições anteriores, vamos à contramão do mercado e temos média salarial da contratação PJ menor que a CLT:
R$ 7.888,50 de PJ contra R$ 8.640,80 da CLT.
7. O que esperam do futuro
Em relação à progressão de carreira:
- 81,27% dos respondentes esperam continuar na carreira de UX writing, evoluindo apenas sua senioridade. Sendo 58,21% em 1 ano; 19,60% em 3 anos; 3,46% em 5 anos.
- 53,03% esperam alcançar a liderança em UX writing, sendo 8,36% em 1 ano; 23,34% em 3 anos; 21,33% em 5 anos. Na edição passada, o número era 63,52%.
- 39,48% esperam alcançar outra liderança em design, sendo 5,19% em 1 ano; 14,41% em 3 anos; 19,88% em 5 anos.
- 25,65% ainda não têm clareza sobre quais caminhos seguir entre 1 e 5 anos. Na última edição este número era de 21,89%.
- 24,21% esperam migrar para o cargo de product designer, researcher ou afins. Sendo 4,32% em 1 ano; 13,83% em 3 anos; 6,05% em 5 anos.
- 22,77% esperam trilhar outros caminhos, fora de design e tecnologia, em até 5 anos.
- 22,19% esperam ocupar outros cargos na área de tecnologia, fora do design, sendo 3,46% em até 1 ano; 6,05% em até 3 anos; 12,68% em até 5 anos.
- 16,71% esperam se tornar PMs em até 5 anos.
Sobre inteligência artificial, perguntando sobre a frequência de uso no dia a dia de trabalho:
- 49,86% usa eventualmente
- 34,87% usa com frequência
- 8,36% nunca utilizou
- 6,92% já utilizou, mas não usa mais
E os principais usos:
- 66,28% usa para edição e substituição de palavras ou expressões
- 51,87% para revisão e correção ortográfica
- 50,72% para ideação
- 43,23% para pesquisa
- 25,36% para análise e tratamento de dados
Por fim, tivemos uma pergunta aberta sobre expectativas em relação ao futuro da profissão. Ao analisar as respostas, chegamos a 6 desafios identificados pelos respondentes:
- Automatização e uso de IA, com uma tendência a assumir funções mais operacionais do UX writing. O que nos leva à necessidade de nos reinventarmos, buscando nos tornarmos mais estratégicos.
- Adaptação a novas ferramentas e práticas. Há uma crescente demanda por profissionais que saibam gerir o uso de IAs e fornecer boas práticas para lidar com essas ferramentas. A assimilação dessas novas tecnologias e métodos é vista como uma habilidade crítica para se manter competitivo no mercado.
- Menos foco em microcopy, mais em Design Ops. Muitos respondentes citam, talvez por experiência própria, que a atuação do UX writer tem acontecido menos na criação do texto e mais em ferramental para dar autonomia aos product designers. O que poderá nos levar à necessidade técnica para saber desenvolver esses entregáveis.
- Fusão de disciplinas. Existe uma expectativa de que haverá cada vez mais integração entre UX writing e outras áreas, como UX research, UX design e UI, nos levando a menor especialização em uma única função. O desafio será adaptar-se a essa junção e às mudanças nos papéis e responsabilidades.
- Redefinição e transformação da função. Parece um consenso de que papel de UX writer está em processo de redefinição. Como a profissão é vista hoje será alterada, exigindo uma revisão das responsabilidades e da contribuição para o processo de design, à medida que as ferramentas e o mercado evoluem.
- Menos vagas disponíveis, mais senioridade. Além da percepção de que há poucas vagas no mercado, as mudanças na função — em decorrência do uso de IAs, por exemplo, levará ou reforçará esse cenário de poucas vagas. Consequentemente, os profissionais que permanecerão serão aqueles com mais experiência e abordagem multidisciplinar. Isso cria uma pressão por evolução contínua e um nível mais elevado de especialização.
Em resumo, os desafios apontados sugerem que:
A evolução tecnológica e a convergência de disciplinas estão levando o UX writing a uma fase de transformação e adaptação, com uma demanda crescente por profissionais estratégicos e multifacetados.
Em partes, é o que os profissionais esperam e têm de boas expectativas: Que a profissão se torne mais estratégica, que migre de uma função operacional para um papel mais focado em decisões que impactam diretamente o negócio e a experiência do usuário. Integração com IA como uma ferramenta de suporte.
Oportunidade de evolução do Design Conversacional.
E maior valorização e reconhecimento da disciplina.
Por enquanto, é isso. Quer ver algum outro dado ou análise? Comenta aqui e vamos construir juntos o panorama da nossa área!
Raio-x dos UX Writers Brasileiros 2024 was originally published in UX Collective
What's Your Reaction?