Por que autismo é mais frequente em meninos? Ciência explica
Transtornos do espectro autista afetam cerca de 1% das crianças no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Pesquisas mostram que os meninos têm até três vezes mais chance de serem diagnosticados com autismo em comparação às meninas. Mas por quê? Um novo estudo pode ter desvendado parte desse enigma.
Cientistas do Geisinger College of Health Sciences, na Pensilvânia, trouxeram uma hipótese intrigante: o cromossomo Y, uma marca genética exclusiva do sexo masculino, pode conter pistas valiosas sobre os fatores de risco para o autismo.
Os transtornos do espectro autista, que afetam cerca de 1% das crianças no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, reúnem condições diversas marcadas por desafios na comunicação e interação social. Até então, as causas apontadas incluíam uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
- Esta atividade ajuda a reduzir o risco de câncer de próstata, diz estudo
- São Miguel do Gostoso em 4 dias: roteiro prático e completinho
- Como baixar mais de 900 livros gratuitos oferecidos pela USP
- Por que autismo é mais frequente em meninos? Ciência explica
A ciência já sabia que as mulheres, com dois cromossomos X, podem ter uma espécie de “escudo protetor” contra o autismo. Mas e o papel do cromossomo Y? Esse mistério foi o ponto de partida do novo estudo.
Desvendando o papel dos cromossomos sexuais
Os pesquisadores analisaram indivíduos com anomalias no número de cromossomos sexuais, uma condição chamada aneuploidia. Em geral, a configuração genética é XX para mulheres e XY para homens, mas cerca de 1 em cada 450 recém-nascidos apresenta mais de dois cromossomos sexuais. Essas variações fornecem um terreno fértil para investigar como os cromossomos influenciam o risco de autismo.
What's Your Reaction?