Mercado de capitais bate recorde de emissões em 2024; renda fixa domina, diz Anbima

Debêntures foram o principal instrumento de captação das empresas, seguidos por FIDCs, que se consolidaram na segunda posição; renda variável teve mais um ano fraco em emissões The post Mercado de capitais bate recorde de emissões em 2024; renda fixa domina, diz Anbima appeared first on InfoMoney.

Jan 22, 2025 - 18:00
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Mercado de capitais bate recorde de emissões em 2024; renda fixa domina, diz Anbima

O último mês de 2024 entrou para a história após concentrar R$ 99,4 bilhões em ofertas no mercado de capitais. Dezembro teve o maior volume mensal da série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), iniciada em 2012. Com isto, 2024 se consolidou como o melhor ano do mercado de capitais, segundo dados divulgados pela entidade nesta quarta-feira (22).

O desempenho foi muito concentrado em títulos de renda fixa, responsáveis por R$ 709,2 bilhões dos R$ 783,4 bilhões captados no ano passado. A classe, por sua vez, foi puxada pelas debêntures, que duplicaram o volume observado em 2023, alcançando R$ 473,66 bilhões. 

“Acreditávamos que julho seria o mês mais forte do ano por causa da oferta de renda variável. Não esperávamos um dezembro tão forte, é um sinal positivo de aquecimento do mercado”, diz Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.

Foi também o ano de consolidação dos FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) como um dos principais instrumentos da renda fixa. O segmento cresceu 86,1% e captou R$ 81,41 bilhões, à frente dos tradicionais CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e Fundos Imobiliários. 

Os FIDCs lideraram o número de operações – 918 –, mas, mesmo com “apenas” 625 ofertas, o volume médio de cada operação pesou a favor das debêntures – R$ 757,86 milhões contra R$ 88,69 bilhões dos fundos. 

Com a restrição do Conselho Monetário Nacional a emissões de outros títulos isentos de Imposto de Renda, como CRIs, CRAs, LCIs e LCAs, as debêntures incentivadas se destacaram. Elas foram responsáveis por 29% do volume captado com debêntures no ano. 

Maranhão destacou que o prazo médio de vencimento das debêntures caiu, mas segue em níveis elevados, em 5,7 anos nas comuns e 12,9 anos nas incentivadas. “Tivemos muitos novos emissores e mesmo assim um prazo médio de quase 13 anos. O mercado vem atraindo entrantes, crescendo o volume e mantendo o prazo médio longo”.

Outro ponto positivo de 2024 foi o aumento de 59,2% das negociações de debêntures no mercado secundário. “O mercado primário nunca será saudável se não tiver um secundário atuante”, defende Maranhão.

O mercado de renda variável teve mais um ano fraco em emissões, com volume de R$ 25 bilhões captados em nove follow-ons. 

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