Medicamento popular para dormir aumenta risco de Alzheimer, diz estudo

Estudo revela que o Zolpidem, usado para insônia, pode aumentar o risco de Alzheimer ao prejudicar a limpeza de resíduos cerebrais

Jan 20, 2025 - 19:14
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Medicamento popular para dormir aumenta risco de Alzheimer, diz estudo

Pesquisadores das Universidades de Rochester (EUA) e Copenhagen (Dinamarca) revelaram que o uso de Zolpidem, medicamento comum para insônia, pode impactar negativamente a saúde cerebral. O estudo, publicado na Cell, destaca como o medicamento compromete o sistema glinfático, essencial para eliminar resíduos tóxicos associados a doenças como Alzheimer.

Medicamento popular para dormir aumenta risco de Alzheimer, diz estudo

Impacto do Zolpidem no sistema glinfático

O sistema glinfático é uma rede no cérebro responsável por remover proteínas amiloide e tau, cujos acúmulos estão relacionados a doenças neurodegenerativas. Durante experimentos com camundongos, os cientistas observaram que o Zolpidem suprime esse processo, potencialmente acelerando o risco de demência. Isso reforça a necessidade de priorizar o sono natural e evitar dependência de medicamentos.

O papel do sono na saúde cerebral

Uma boa noite de sono desempenha papel crucial na regulação de funções cerebrais, imunológicas e cardiovasculares. Alterações nesse ciclo, como insônia ou apneia do sono, têm sido associadas ao surgimento precoce de demências. O estudo também apontou que problemas de sono frequentemente precedem sintomas de doenças como Alzheimer, indicando sua relevância como sinal de alerta precoce.

Pesquisadores estudaram o impacto do Zolpidem no cérebro de camundongos em experimentos inovadores.

Metodologia do estudo

Para investigar as funções cerebrais durante o sono, os pesquisadores utilizaram técnicas avançadas, como a fotometria de fibra de fluxo e registros de eletroencefalograma. Diferente de métodos anteriores, que induziam o sono em camundongos com anestesia, esta abordagem permitiu estudar os animais em movimento, obtendo dados mais realistas sobre as transições do cérebro entre vigília e sono.

Descobertas sobre o sono restaurador

O estudo identificou oscilações sincronizadas no neurotransmissor norepinefrina, no fluxo sanguíneo cerebral e no líquido cefalorraquidiano durante o sono não REM. Esses processos são cruciais para a remoção de resíduos cerebrais e para a restauração do organismo. Segundo Maiken Nedergaard, coautora do estudo, essas descobertas ampliam a compreensão sobre os mecanismos que tornam o sono essencial para a saúde.

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