Como as fintechs podem colaborar com as universidades para construir um futuro mais sustentável para o ensino superior

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Como as fintechs podem colaborar com as universidades para construir um futuro mais sustentável para o ensino superior

*Por Mauro Yolo

O ensino superior tem enfrentado, ao longo dos últimos anos, desafios significativos em diversas partes do mundo, e o Brasil não é uma exceção. A crescente demanda por educação de qualidade, os altos custos envolvidos e a necessidade de adaptação a um cenário global de rápida transformação digital são apenas alguns dos obstáculos que universidades e estudantes enfrentam atualmente.

Em um cenário como esses, as fintechs, empresas que combinam tecnologia e serviços financeiros, emergem como potenciais aliadas na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para o ensino superior. Mas como essas empresas podem efetivamente colaborar com as instituições de ensino superior para construir um futuro mais sustentável para a educação superior? Na minha opinião, para entendermos essa questão, é preciso olhar para as possibilidades que surgem quando dois mundos se encontram: o universo acadêmico e o mercado financeiro tecnológico.

Uma das maiores barreiras ao acesso ao ensino superior, especialmente nas universidades privadas, é o financiamento. As mensalidades são, muitas vezes, um obstáculo para que estudantes de classes médias e baixas possam ingressar e concluir seus estudos. Embora o financiamento estudantil oferecido por bancos tradicionais seja uma opção, muitas vezes vem acompanhado de altas taxas de juros e condições pouco flexíveis. É aí que as fintechs podem entrar. 

Com o uso de inteligência artificial e análise de dados, por exemplo, essas empresas conseguem desenvolver sistemas de crédito mais dinâmicos, que levam em consideração a realidade financeira dos estudantes de forma mais justa e adaptativa. Outro ponto importante da colaboração entre fintechs e faculdades está na gestão financeira das próprias instituições, afinal, muitas delas podem apresentar dificuldades para gerenciar seus recursos de maneira eficiente. 

Algo que acredito fortemente: as parcerias entre universidades e fintechs devem ser vistas – sempre – com muito bons olhos, pois além de transformar instituições educacionais em centros de inovação, ao mesmo tempo, formam profissionais do futuro, gerando novas soluções para o mercado de trabalho e sociedade em geral.

Portanto, o papel das fintechs no ensino superior vai muito além de oferecer soluções financeiras convencionais. Com o potencial de transformar o ecossistema educacional, trazendo inovação, acessibilidade e sustentabilidade tanto para as instituições de ensino quanto para os estudantes, as startups são estratégicas, capazes de ajudar a construir um futuro mais justo, inclusivo e sustentável para o ensino superior e, consequentemente, os brasileiros.

*Mauro Yolo é CEO e fundador da Yolo Bank

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